terça-feira, 21 de agosto de 2012

Bullying, problema ou frescura?


Bullying…
Este é o termo utilizado para descrever um tipo de violência, que pode ser psicológica ou física. Uma característica comum entre pessoas que sofrem é não saber como revidar. Geralmente pessoas introvertidas são alvo, mas também acontece com pessoas diferentes de uma determinada maioria. Basta frequentar um local onde você se destaca de forma negativa e pronto: torna-se alvo de pessoas que não têm confiança suficiente e necessitam de pisar nos outros para elevar sua autoestima. Isso tudo por ter mais dinheiro, por ser uma pessoa bonita (do ponto de vista que é colocado na mídia) ou ser popular, entre outros motivos. Em minha opinião, isso é um verdadeiro absurdo.
Andei pensando muito sobre esse assunto: Por quê isso acontece? Qual motivo? O que faz as pessoas agredirem os outros? Vai continuar? E por quanto tempo? O que encontrei foram mais e mais perguntas. Pensando, pensando, pensando, cheguei à conclusão de que não tem solução; não a curto prazo. Nossa geração não verá o fim disso – nem a próxima –, pois infelizmente faz parte da natureza do humano julgar pessoas diferentes, e esse julgamento, quando negativo, pode gerar aversão. Pense em uma criança que vive com outras no jardim de infância e chega um garoto diferente, com o cabelo estranho, pele muito branca e introvertido. Outra criança, que, ao sentir-se, por qualquer motivo, ameaçada, poderá já nos primeiros anos de vida praticar o bullying (isso por existir não falsidade entre crianças; elas são puras). E o pior: se não for corrigida de maneira adequada pelos pais, tal atitude poderá se tornar algo normal e ocorrerá o mesmo com o introvertido do ensino médio, faculdade, mundo corporativo... Outra coisa que é importante lembrar são os traumas permanentes que ficam na vida vítima: a personalidade fica marcada com reações características e tende a persegui-la por toda vida. O que as pessoas acham disso? Pessoas que sofrem/sofreram bullying são minoria. A maior parte das pessoas que não sentiu isso, tende a achar que é besteira ou que hoje tudo pode ser é motivo para se fazer de vítima; acham que a palavra está banalizada. Para eles, hoje, tudo é bullying e, de cara, vejo dois polos. Vou divagar neles separadamente e tentarei ser imparcial:

Polo1: É Frescura?
Pensando no assunto falei com uma série de pessoas mais velhas, ou da minha idade (sou adulto), e percebi que o discurso passa por coisas como: “na minha época brigavam comigo, me batiam e eu brigava e batia de volta”. Ou como: “Eu nunca me importei com isso, sempre levei numa boa”. A dificuldade se dá mesma forma em relação à depressão da namorada de um rapaz, por exemplo, que possa não entender como alguém pode ficar triste do nada, sendo que tudo está bem na vida dela – não falta dinheiro ou amor. Mas a verdade é que ele nunca a entenderá realmente, afinal, ele não passou por isso, nunca teve uma crise dessas. Infelizmente, tal fato é comum com a maioria das pessoas que estão contra o bullying.

Polo 2: O problema existe?
Acredito que sim, mas em contraponto à citação acima, existem sim jovens que exageram em determinadas situações e se colocam como vítimas, quando poderiam resolver esses problemas sozinhos e com mais atitude. Uma caracterísca forte de quem sofre é não contar para ninguém, por vergonha ou medo. Muitos pais descobrem o problema depois de anos que o garoto sofreu. Alguns tem uma postura rigorosa na criação, dizendo até frases como: “Se você arrumar briga na escola,
quando chegar em casa vai apanhar mais”. Tal atitude apenas contribui para que esses adolescentes se omitam cada vez mais.

O que fazer?
Mesmo com essa minha visão, de certa forma pessimista, não podemos deixar pra lá. Acreditando ou não no bullying, frescura ou não, o problema existe e não devemos ignorar o fato que é errado maltratar qualquer pessoa, psicológica ou fisicamente. É errado fazer do outro motivo de chacota e é errado pisar em alguém para elevar sua moral. Até onde eu sei, não custa dar as mãos para quem precisa.

Pessoal, serial legal ver alguns depoimentos de quem sofreu Bullying, para debater com o pessoal.
Dedico esse post a Gabi que deu uma bela força.
[]'s




4 comentários:

  1. Eu já sofri bullying, mas não vou postar minha experiência para não sofrer mais bullying. =P

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  2. Fala aew Vinicíus!

    Bacana o post. Eu sim sofri muito bullying desde a minha 3ª série até a 8ª. Estudei em uma escola particular onde todo mundo tinha um grande poder aquisitivo e eu de contraponto era o aluno que tinha desconto na mensalidade para poder estudar.
    Mas o bullying que sofri era por ser na época, gordo, nerd, introvertido e por não "pegar" ninguém, era zuado não somente pelos caras da minha sala como também pelas garotas e teve um nível de ser zoado também por uma outra sala.
    Realmente como você disse, influencia no seu modo de agir, na maneira de analisar as coisas e hoje eu ainda tenho muito ódio daquelas pessoas. Por sorte tive um amigo que sempre me apoiou nas horas difíceis e até hoje é um grande amigo.
    O problema em si só veio se resolver (coincidente ou não) quando eu saí da escola e fui para uma escola pública. Ali os alunos eram bem mais tranquilos e me respeitaram milhões de vezes mais do que na escola particular.

    Bom, não vou ficar aqui me lamentando, mas o resumo de td foi isso!

    Abraços!

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  3. Bullying é bem complexo, nunca sofri, realmente não sei como deve ser a sensação, mas pratiquei, mesmo que não tento consciência do mau que causava... Na escola eu sempre reagia as zueiras, com palavras ou até fisicamente... A grande caracterisca do Bullying é que o "sofredor" não reage de forma alguma, seja revidando as ofenças ou contando a
    algum adulto...

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  4. Concordo com os argumentos do texto do Vi, uns se fazem de vitimas e outros dão atenção de menos no assunto. Tanto a vitima como o bullingnador (eu sou ótimo com as palavras kkk) precisam aprender a conviver, devagarinho mas as coisas vão melhorando.

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